Santos pardos e pretos na américa portuguesa: catolicismo, escravidão, mestiçagens e hierarquias de cor

Resumo

O artigo centra-se sobre o papel da devoção à chamada "cor santo" como um elemento de construção de ninhos na sociedade o escravo que foi construído na América Português. Analisando as hagiografias de conteúdo do discurso, tentamos refletir sobre o papel da catequese dirigida a negros e entender como a retórica da conversão procurou promover a integração subordinada de africanos e seus descendentes no cristandade colonial, no entanto, eu acho o mesmo discurso teve de se adaptar aos limites da recreação dos símbolos católicos promovidas por escravos e libertos na sociedade colonial.[Tradutor do Google]
  • Referencias
  • Cómo citar
  • Del mismo autor
  • Métricas
BOSS, J.: «Saints’ Lives and Catholic Community. The uses of hagiography in seventeenthcentury New France», Colonial Saints: hagiography and the cult of saints in the Americas 1500-1800. Toronto, University of Toronto, 2000, pp. 3-16.

BOXER, C. R.: Relações Raciais no Império Colonial Português. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1967.

BOXER, C. R.: O Império Colonial Português (1415-1825). Lisboa, Edições 70, 1981.

CASTRO, H. M. M. de: Das Cores do Silêncio: os significados da liberdade no sudesteescravista – Brasil século xix. Rio de Janeiro. Arquivo Nacional, 1995.

DELUMEAU, J.: Rassurer et protéger. Le sentiment de securité dans l’Occidente d’autrefois. Paris, Fayard, 1989.

DUTRA, F.: «Ser mulato em Portugal nos primórdios da época moderna», Revista Tempo 15/30, Rio de Janeiro, 2011, pp. 101-114.

ELLIOTT, J. H: Imperios del Mundo Atlántico. Madrid, Taurus, 2006.

FARIA, S. de C.: A Colônia em Movimento. Fortuna e família no cotidiano colonial, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1998.

GUEDES, R.: «Sociedade Escravista e Mudança de Cor. Porto Feliz, São Paulo, Século xix», em FRAGOSO, J.; FLORENTINO, M.; JUCÁ, A. C. e Campos, A. (ed.): Nas rotas do Império. Vitória/Lisboa, EDUFES/IICT, 2006, pp. 447-488.

HESPANHA, A. M.: «As cores e a instituição da ordem no mundo do Antigo Regime», em Furtado, J. F. (ed.): Sons, formas,cores e movimentos na modernidade atlântica: Europa, Américas e África. São Paulo/Belo Horizonte, Anablume/Fapemig, PPGH-UFMG, 2009, pp. 345-359.

HORTA, J. da S.: «A imagem do Africano pelos portugueses antes dos contactos», em FERRONHA, A. L. de (ed.): O confronto do olhar. O encontro dos povos na época das Navegações portuguesas. Lisboa, Caminho, 1991, pp. 43-70.

LARA, S. H.: Fragmentos Setecentistas: escravidão, cultura e pode na América Portuguesa. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.

LE GOFF, J.: «Préface», em Boureau, A.: La légende dorée. Le systeme narrative de Jacques de Voragine. Paris, Cerf, 1984.

LEVI, G.: A herança imaterial. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000.

MARCONDES, D.: Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro, Zahar, 1997.

MARTÍNEZ, M. E.: «“Religion, Purity, and ‘Race’”: The Spanish Concept of Limpieza de Sangre in Seventeenth Century Mexico and the Broader Atlantic World», International Seminar on the History of the Atlantic World, 1500-1800. Havard University, Cambridge, MA, 2000, pp. 01-36.

MARTÍNEZ, M. E.: Genealogical Fictions: limpieza de sangre, religion and gender in Colonial Mexico. Stanford, Stanford University Press, 2008.

MATTOS, H. M.: «A escravidão moderna nos quadros do Império português: o Antigo Regime em perspectiva atlântica», em FRAGOSO, J., BICALHO, M. F. e GOUVÊA, M. de F. (ed.): O Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001, pp. 141-162.

MATTOS, H. M.: Marcas da Escravidão: biografia, racialização e memória do cativeiro na História do Brasil, Tese de Titular em História do Brasil, Niterói, UFF, 2004.

MEDEIROS, F. de: L’Occident et l’Afrique (XIIIe-XVe siècle). Paris, Karthala, 1985.

MODICA, M.: «I Processi Settecenteschi di San Benedetto Il Moro», em FIUME, G. (ed.): Il santo patrono e la città. San Bebedetto Il Moro: culti, devozioni, strategie di età moderna. Venezia, Marsílio Editori, 2000, pp. 334-353.

OLIVEIRA, A. J. M. de: Os santos pretos carmelitas: culto dos santos, catequese e devoção negra no Brasil colonial, Tese de Doutorado em História. Niterói, UFF, 2002.

OLIVEIRA, A. J. M. de: Devoção Negra: santos pretos e catequese no Brasil colonial. Rio de Janeiro, Quarte/FAPERJ, 2008.

SOARES, M. de S.: A remissão do cativeiro: a dádiva da alforria e o governo dos escravos nos Campos dos Goitacases, c. 1750 – c. 1830. Rio de Janeiro, Apicuri, 2009.

SUBRAHMANYAM, S.: L’Empire Portugais d’Asie 1500-1700. Paris, Maisonneuve & Larose, 1999.

THOMAZ, L. F.: De Ceuta a Timor. 2ª. edição, Lisboa, Difel, 1998.

TINHORÃO, J. R.: Os Negros em Portugal. Lisboa, Caminho, 1988.

VAINFAS, R.: Ideologia e escravidão. Os letrados e a sociedade escravista no Brasil colonial. Petrópolis, Vozes, 1986.

VAINFAS, R.: «Deus contra Palmares – Representações senhoriais e idéias jesuíticas», em REIS, J. J. e GOMES, F. dos S. (ed.): Liberdade por um fio. História dos quilombos no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1996, pp. 60-80.

VAINFAS, R.: «Colonização, miscigenação e questão racial: notas sobre equívocos e tabus da historiografia brasileira», Revista Tempo 4/8, Rio de Janeiro, 1999, pp. 07-22.

VAINFAS, R.: «Nação», em VAINFAS, Ronaldo (ed.): Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro, Objetiva, 2000, pp. 420-421.

VAUCHEZ, A.: Le laïcs au moyen age. Pratiques et experiénces religieuses. Paris, Cerf, 1987.

VIANA, L.: O idioma da mestiçagem: as irmandades de pardos na América Portuguesa. Campinas, Editora da Unicamp, 2007.

XAVIER, Â. B.: A Invenção de Goa: poder imperial e conversões culturais nos séculos xvi e XVII. Lisboa, ICS, 2008.
Machado De Oliveira, A. J. (2016). Santos pardos e pretos na américa portuguesa: catolicismo, escravidão, mestiçagens e hierarquias de cor. Studia Historica: Historia Moderna, 38(1), 65–93. https://doi.org/10.14201/shhmo20163816593

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anderson José Machado De Oliveira

,
Universidad Federal del Estado de Río de Janeiro
Universidad Federal del Estado de Río de Janeiro, Brasil.
+