A manifestação conflitiva da díke no inquérito de édipo
Resumen O objetivo é analisar a tensão entre duas formas díke na tragédia de Sófocles Édipo rei. Como as tragédias ocupavam um papel privilegiado na pólis, as encenações constituíam uma instituição política. Devido a isso, as tragédias representavam certos conflitos sociais e políticos entre uma tradição arcaica e uma nova ordem democrática, tensões estas que podem ser evidenciadas na investigação promovida por Édipo. Neste inquérito há um conflito entre duas formas de justiça, uma divina (tradicional) e outra humana (democrática e institucional). O artigo, primeiramente, descreve a relação entre tragédia e pólis; em seguida, assinala o conflito que se desenhava na pólis democrática e que se refletia, de certo modo, nas peças trágicas; por fim, examina, em Édipo rei, a articulação antagônica entre a díke tradicional e a humana.
- Referencias
- Cómo citar
- Del mismo autor
- Métricas
AHRENSDORF, P. (2009). Greek Tragedy and Political Philosophy: Rationalism and Religion in Sophocles’ Theban Plays. Cambridge: University Press, 2009.
ALVES, M. (2008). “Direito, poder e saber em Édipo Rei de Sófocles”. Revista da Faculdade de Direito Milton Campos, 107-126.
ARENDT, H. (2001). A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. (1998). Dicionário de Política. Trad. Carmem C. Varriale. Brasília: Editora Universida-de de Brasília.
FOUCAULT, M. (2002). A Verdade e as Formas Jurídicas. Trad. R. C. M. Machado e E. J. Morais. 3ª ed. Rio de Janeiro: NAU Editora.
FOUCAULT, M. (2011). Leçons sur la volonté de savoir. Édition établie sous la direction de F. Ewald et A. Fontana, par D. Defert. Paris: Seuil/Gallimard.
FOUCAULT, M. (2014). Obrar mal, decir la verdad: la función de la confesión en la justicia. Curso de Louvaina, 1981. Trad. E. Castro. Buenos Aires: Siglo XXI.
GOLDHILL, S. (2008). “Greek drama and political theory”. In. Rowe, C.; Schofield, M. Greek and Roman Political Thought. Cambrid-ge: Cambridge University Press.
HALL, E. (2010). Greek Tragedy: Suffering under the Sun. Nova Iorque: Oxford University Press.
KURY, M. (1990). Sófocles. Trilogia tebana: Édipo rei, Édipo em Colono, Antígona. Rio de Janeiro: Zahar.
MUCHAIL, S. T. (2004). Foucault, simplesmente. São Paulo: Edições Loyola.
MONOD, J. (1997). Foucault: La police des conduites. Paris: Éditions Muchalon.
NIETZSCHE, F. W. (2007). O nascimento da tragédia. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Cia das Letras.
OBER, J.; STRAUSS, B. (1991). “Drama, Political Rhetoric, and the Discourse of Athenian Democracy”. In. Winkler, J. J.; Zeitlin, F. I. (orgs.). Nothing to Do with Dionysos? Athenian Drama in Its Social Context. Princeton: Princeton University Press.
OLIVEIRA, R. (2013). Pólis e nómos: O problema da lei no pensamento grego. Belo Horizonte: Edições Loyola.
STRAUSS, L. (1998). What is Political Philosophy? And other Studies. Chicago: Universaty of Chicago Press.
TIERNO, P. (2009). “Contingencia política e imitación trágica”. Equipo Federal del Trabajo, 57-67.
TIERNO, P. (2011). “La justicia y los antigos griegos. Anacronismo e irrupción”. Revista de teoría y filosofía política clásica y moder-na, 11-43.
TIERNO, P. (2014). “Formação da pólis e o surgimento da democracia na Grécia antiga: história e consciência da Atenas clássica”. Hologramática (Lomas de Zamora): 99-119.
VERNANT, J. P. (2002). As origens do pensamento grego. Trad. Ísis Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Difel.
VIDAL-NAQUET, P.; VERNANT, J. P. (1988). Myth and Tragedy in Ancient Greece. Trad. Janet Loyd. Nova Iorque: Zone Books.
VIDAL-NAQUET, P.; VERNANT, J. P. (1999). Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Editora Perspectiva.
ALVES, M. (2008). “Direito, poder e saber em Édipo Rei de Sófocles”. Revista da Faculdade de Direito Milton Campos, 107-126.
ARENDT, H. (2001). A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. (1998). Dicionário de Política. Trad. Carmem C. Varriale. Brasília: Editora Universida-de de Brasília.
FOUCAULT, M. (2002). A Verdade e as Formas Jurídicas. Trad. R. C. M. Machado e E. J. Morais. 3ª ed. Rio de Janeiro: NAU Editora.
FOUCAULT, M. (2011). Leçons sur la volonté de savoir. Édition établie sous la direction de F. Ewald et A. Fontana, par D. Defert. Paris: Seuil/Gallimard.
FOUCAULT, M. (2014). Obrar mal, decir la verdad: la función de la confesión en la justicia. Curso de Louvaina, 1981. Trad. E. Castro. Buenos Aires: Siglo XXI.
GOLDHILL, S. (2008). “Greek drama and political theory”. In. Rowe, C.; Schofield, M. Greek and Roman Political Thought. Cambrid-ge: Cambridge University Press.
HALL, E. (2010). Greek Tragedy: Suffering under the Sun. Nova Iorque: Oxford University Press.
KURY, M. (1990). Sófocles. Trilogia tebana: Édipo rei, Édipo em Colono, Antígona. Rio de Janeiro: Zahar.
MUCHAIL, S. T. (2004). Foucault, simplesmente. São Paulo: Edições Loyola.
MONOD, J. (1997). Foucault: La police des conduites. Paris: Éditions Muchalon.
NIETZSCHE, F. W. (2007). O nascimento da tragédia. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Cia das Letras.
OBER, J.; STRAUSS, B. (1991). “Drama, Political Rhetoric, and the Discourse of Athenian Democracy”. In. Winkler, J. J.; Zeitlin, F. I. (orgs.). Nothing to Do with Dionysos? Athenian Drama in Its Social Context. Princeton: Princeton University Press.
OLIVEIRA, R. (2013). Pólis e nómos: O problema da lei no pensamento grego. Belo Horizonte: Edições Loyola.
STRAUSS, L. (1998). What is Political Philosophy? And other Studies. Chicago: Universaty of Chicago Press.
TIERNO, P. (2009). “Contingencia política e imitación trágica”. Equipo Federal del Trabajo, 57-67.
TIERNO, P. (2011). “La justicia y los antigos griegos. Anacronismo e irrupción”. Revista de teoría y filosofía política clásica y moder-na, 11-43.
TIERNO, P. (2014). “Formação da pólis e o surgimento da democracia na Grécia antiga: história e consciência da Atenas clássica”. Hologramática (Lomas de Zamora): 99-119.
VERNANT, J. P. (2002). As origens do pensamento grego. Trad. Ísis Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Difel.
VIDAL-NAQUET, P.; VERNANT, J. P. (1988). Myth and Tragedy in Ancient Greece. Trad. Janet Loyd. Nova Iorque: Zone Books.
VIDAL-NAQUET, P.; VERNANT, J. P. (1999). Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Editora Perspectiva.
Oliveira Morais, R. M. (2022). A manifestação conflitiva da díke no inquérito de édipo. Azafea: Revista De Filosofía, 23(1), 353–373. https://doi.org/10.14201/azafea202123353373
Descargas
Los datos de descargas todavía no están disponibles.
+
−