Amazônias viajantes. Os viajantes e a reflexão sobre a Amazônia nos últimos cem anos

Resumo

Em pleno século XXI, mesmo diante do aparato tecnológico e meios de comunicação, em larga medida, a nossa visão sobre a Amazônia, seus povos e comunidades se assemelha à do viajante do século XIX, que a classificava como Terra Incognita, um espaço selvagem, a floresta do exótico, vazio, riquezas infinitas do El Dorado, inferno verde, enfim, a mítica visão eurocentrista da Amazônia-espetáculo. Nem mesmo o fim do “ciclo da borracha” foi suficiente para despertar uma profunda reflexão sobre a região, seja por amazônidas (os nove países do bioma Amazônia) ou brasileiros. Entretanto, nos últimos cem anos, alguns viajantes, individualmente ou em grupo, ampliaram a nossa visão, em prol de discutir a Amazônia e suas complexidades, com um novo olhar, menos preconceituoso, mais carinhoso e generoso. Este artigo visita a produção textual e iconográfica, inclusive com suporte das novas tecnologias, de alguns destes pensadores que percorreram a Amazônia brasileira, para entender o seu legado, apresentando caminhos para a necessária reflexão sobre a Amazônia, para que as atuais gerações tenham uma visão mais responsável perante a região.
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Biografia do Autor

João Meirelles Filho

,
Instituto Peabiru
Escritor e ativista socioambiental. Diretor geral do Instituto Peabiru (Brasil).

Fernanda Martins

,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Designer e diretora da Mapinguari Design. Doutora em História do Design pela Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ, Brasil).
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