Uma alternativa contrafactual ao paradoxo ‘grue’

Resumen

Na análise do filósofo Frank Jackson acerca do novo ‘enigma’ da indução de Nelson Goodman, uma crítica é suscitada com relação à própria definição que Goodman oferece para o predicado que lhe dá origem: o predicado grue / verdul. Como este se aplica a coisas observadas até certo momento e verdes, ou a coisas não-observadas e azuis, Jackson defende que essa definição pressupõe uma associação ilegítima entre certas propriedades. Jackson apresenta sua solução afirmando que esmeraldas verduis não existem, na medida em que uma esmeralda futura só poderá ser azul enquanto ela não for examinada. Essa saída está fundamentada na aceitação de condições contrafactuais sob as quais realizamos certos tipos de inferências. Nesse sentido, Jackson acusa Goodman de não abordar com precisão o modo como avaliamos as circunstâncias em que determinados eventos ocorrem, na medida em que elas favoreçam ou não a manifestação de certas propriedades que os objetos possam vir a apresentar. O objetivo aqui será o de mostrar como Jackson fundamenta nossas inferências indutivas na nossa avaliação das condições que as tornam válidas, e sua crítica à ideia de que a projetabilidade dependa de características de certos predicados, como defende Goodman.
  • Referencias
  • Cómo citar
  • Del mismo autor
  • Métricas
Arruda, Renata. (2009). Um círculo virtuoso: uma chave para a validade indutiva no ‘velho’ problema da indução. Prometheus. Journal of Philosophy, 2(3). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v2i3.730

Carnap, Rudolph (1947). On the application of inductive logic. The Journal of Philosophy, 8(1),133-148.

Carnap, Rudolph (1948). Reply to Nelson Goodman. The Journal of Philosophy, 8(3), 461-462.

Davidson, Donald (1966). Emeroses by other names. The Journal of Philosophy, 63(24), 778-780.

Goodman, Nelson (1972). Problems and projects. Indianapolis: The Bobbs-Merrill Company.

Goodman, Nelson (1983). Fact, fiction and forecast. Cambridge: Harvard University.

Goodman, Nelson (1991). Facto, Ficção e Previsão. Lisboa: Editorial Presença.

Hempel, Carl (1943). A Purely Syntactical Definition of Confirmation. The Journal of Symbolic Logic, 8(4), 122-143.

Hempel, Carl (1945a). Studies on the Logic of Confirmation (I). Mind, 54(213), 1-26.

Hempel, Carl (1945b). Studies on the Logic of Confirmation (II). Mind, 54(214), 97-121.

Hume, David (2004). Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP.

Jackson, Frank (1975). Grue. The Journal of Philosophy, 72(5), 113-131.

Jeffrey, Robert (1966). Goodman’s Query. The Journal of Philosophy, 63(11), 281-288.

Scheffler, Israel (1963). The Anatomy of Inquiry. Indianapolis: The Bobbs-Merrill Company, Inc.

Skyrms, Brian (1971). Escolha e acaso. Uma introdução à lógica indutiva. São Paulo: Editora Cultrix.

Thomson, Judith (1966). Grue. The Journal of Philosophy, 63(11), 289-309.
Arruda, R. (2022). Uma alternativa contrafactual ao paradoxo ‘grue’. ArtefaCToS. Revista De Estudios Sobre La Ciencia Y La tecnología, 11(1), 99–110. https://doi.org/10.14201/art202211199110

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.
+