TESTES DE FUNÇÃO VESTIBULAR NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Resumen

Objetivo: avaliar a funçao vestibular em pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR). Método: estudo realizado na Disciplina de Otologia e Otoneurologia do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de Sao Paulo. Foram incluídos 79 indivíduos de 18 a 65 anos de idade, de ambos os sexos, distribuídos em grupo experimental (n=51), composto por pacientes com EMRR e controle (n=28), por indivíduos hígidos, homogêneo em idade e sexo em relaçao ao grupo experimental. A avaliaçao otoneurológica foi composta por anamnese, aplicaçao do Dizziness Handicap Inventory (DHI), escala visual analógica de tontura (EVAT) e avaliaçao da funçao vestibular com videonistagmografia (VNG) e vídeo teste do impulso cefálico (vHIT). Resultados: Na VNG, o grupo com EMRR apresentou latência aumentada à direita (p=0,035) e à esquerda (p=0,030) e velocidade reduzidaà direita (p=0,007) dos movimentos sacádicos; ganho reduzido à direita (p=0,002) e à esquerda (p<0,001) do rastreio pendular; valores maiores (p=0,002) da velocidade do nistagmo pós-calórico, em relaçao ao grupo controle; e, presença de nistagmo semi-espontâneo. Foi identificada disfunçao vestibular periférica ou central (23,5%), periférica deficitária unilateral (17,6%) e central (15,7%) no grupo com EMRR. Nao houve associaçao significante entre o resultado normal ou alterado da VNG e o tempo de doença (p=0,443), a EDSS (p=0,980), as queixas de tontura (p=0,169) e de instabilidade postural (p=0,909). Nao houve relaçao entre o resultado normal ou alterado da VNG e a pontuaçao total do DHI (p=0,569) e da EVAT (p=0,938). No vHIT, o grupo com EMRR apresentou ganho reduzido do reflexo vestíbulo-ocular (RVO) em quatro canais semicirculares (CSCs): lateral esquerdo (p=0,017), anterior direito (p=0,004), posterior esquerdo (p<0,001) e posterior direito (p=0,042), em relaçao ao controle; ocorreu reduçao do RVO em nove (17,6%) casos de EMRR. Nao houve associaçao significante entre os resultados normal ou alterado do vHIT e os sintomas de tontura (p=0,072) e de instabilidade postural (p=0,455). Nao houve relaçao significante entre os resultados normal ou alterado do vHIT e a pontuaçao na EDSS (p=0,058), o tempo de doença (p=0,255), o DHI (p=0,731) e a EVAT (p=0,337). Na comparaçao entre o vHIT e a prova calórica à análise dos CSC laterais, 25 (49,0%) pacientes nao apresentaram alteraçoes em ambas as provas, 25 (49,0%) mostraram vHIT normal e prova calórica alterada e um (2,0%) evidenciou alteraçoes nos dois testes. Nao há evidência de concordância entre a prova calórica e o vHIT na análise dos dois CSCs laterais (p=0,322; K=0,038). Conclusao: pacientes com EMRR podem apresentar alteraçoes oculomotoras e/ou disfunçao vestibular periférica ou central; nao houve associaçao entre os resultados da avaliaçao vestibular e o tempo de doença, estado de incapacidade funcional, intensidade e autopercepçao da influência da tontura na qualidade de vida e instabilidade postural. III. Tópico 03 Pruebas Vestibulares
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Cusin, S. F. (2019). TESTES DE FUNÇÃO VESTIBULAR NA ESCLEROSE MÚLTIPLA. Revista ORL, 10(6), 2.27. https://doi.org/10.14201/orl.21121

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