Avanço neopentecostal no futebol brasileiro: análise sócio–antropológica acerca das relações entre religião, futebol e espaço público no Brasil

Resumen

Este texto se mobiliza em torno das relações entre religião, futebol e espaço público no Brasil. Mais especificamente, discorre sobre um aspecto do campo religioso brasileiro: a saber, o campo evangélico, em particular o neopentecostal e a sua inserção e rápida difusão no meio esportivo, principalmente o futebol.A partir de dados da pesquisa de doutoramento, será possível, sem pretensão exaustiva, demonstrar que há um avanço evangélico, fazendo desta configuração religiosa muito mais que «uma das religiões periféricas ou marginais dos brasileiros» (Carvalho, 1999, p. 3), podendo ser considerada uma religião «hegemônica» quase como o catolicismo, no que diz respeito ao ambiente futebolístico.Além disso, tentar-se-á mostrar que o interesse evangélico, no que diz respeito aos esportes, com o grupo denominado Atletas de Cristo, aprofunda as suas raízes na herança da Muscular Christianity de era vitoriana (1837-1901).Enfim, este objeto permite refletir sobre um tema crucial da atualidade, o fenômeno da religião no espaço público.
  • Referencias
  • Cómo citar
  • Del mismo autor
  • Métricas
Aguiar, R. O. (2011). Deus é mais: a supremacia da fé evangélica na ótica dos Atletas de Cristo. Revista Brasileira de História das Religiões, Ano III, N° 9, pp. 229-252.

Augé, M. (1996). Le sport comme phénomène surmoderne. Recherche en communication, N° 5, pp. 159-173.

Balandier, G. (2004). Ce que disent le corps et le sport. Corps e Culture, N° 6/7, pp. 1-4.

Brba, B. (2007). Un antropologo nel pallone. Roma: Meltemi Editore.

Baubérot, J. (2011). Libertà religiosa e laicità in Francia. Lessico di etica pubblica, N° 2, pp. 59-70.

Bobineau, O. (2011). La troisième modernité, ou «l’individualisme confinitaire». SociologieS, Théories et recherches, .

Bromberger, C. (1995). Le match de football: ethnologie d’une passion partisane à Marseille, Naples et Turin. Paris: Editions de la Maison des sciences de l’homme.

Carvalho, J. J. (1999). Um espaço público encantado. Pluralidade Religiosa e Modernidade no Brasil. Série Antropologia, UNB, N° 249, pp. 1-22.

Casanova, J. (2013). As religiões estão se tornando cada vez mais globais. Revista Instituto Humanitas Unisinos, 2013. Recuperado em: 2 dez. 2013. .

Cipriani, R. (1981) Sécularisation ou retour du sacré ? Arch. Sc. Sociologie des religions, N° 52/2, pp. 141-150.

Cipriani, R. (1983) Religione e politica. Il caso italiano: la religione diffusa. Studi di Sociologia, Roma.

Cipriani, R. (2011). Dallo spirito allo sport e viceversa. Il gioco della vita quotidiana quando la vita è in gioco. Religione e Società-Rivista di scienze sociali della religione, Anno XXVI, Pisa-Roma, pp. 61-69.

Darbon, S. (2008). Diffusion des sport et impérialisme anglo-saxon. De l’histoire événementielle à l’anthropologie. Paris : Édition de la Maison des Sciences de l’Homme.

Elias, N. (1992). Ensaio sobre o desporto e a violência (Elias, n. e Dunning, E.). A Busca da Excitação, Lisboa: Difel.

Freston, P. (1994). Breve história do pentecostalismo brasileiro. Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo, Vozes, pp. 67-162.

Gauchet, M. (1985). Le Désenchantement du monde. Une histoire politique de la religion. Paris: Gallimard.

Geertz, C. (2001). O beliscão do destino: a religião como experiência, sentido, identidade e poder. Nova luz sobre a Antropologia, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, pp. 149-165.

Giumbelli, E. (2004). Religião, Estado, modernidade: notas a propósitos de fatos provisórios. Estudos Avançados, 18(52), pp. 47-62.

Guttman, A. (1978). From Ritual to Record: the Nature of Modern Sports. New York: Columbia University Press.

Jungblut, A. L. (1994). Entre o Evangelho e o Futebol: um estudo sobre a identidade religiosa de um grupo de Atletas de Cristo em Porto Alegre. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social, UFRGS, Porto Alegre.

Korsgaard, O. (2011). Lo sport come rito della modernità. Religione e società – Rivista di scienze sociali della religione, Anno XXVI, Pisa-Roma, pp. 70-78.

Luckmann, T. (1967). La religione invisibile. Bologna: Il Mulino.

Mariano, R. (1995). Neopentecostalismo: os pentecostais estão mudando. Dissertação de mestrado, USP, São Paulo.

Mariano, R. (2011). Laicidade à brasileira: católicos, pentecostais e laicos em disputa na esfera pública. Civitas, Porto Alegre, pp. 238-258.

Martelli, S. & Porro, N. (2013). Manuale di Sociologia dello Sport. Milano: FrancoAngeli.

McLoed, H. (2004). La religion et l’essor du sport en Grande-Bretagne. Revue d’histoire du XIX siècle, pp. 2-15. DOI: 10.400/rh19.624.

Montero, P. (2006). Religião, pluralismo e esfera pública no Brasil . Novos Estudos Cebrap, pp. 47-65.

Monterom P. (2009). Secularização e espaço público: a reinvenção do pluralismo religioso no Brasil Etnográfica,vol. 13(01), pp. 7-16. DOI: 10.400/etnográfica.1195.

Oro, A. P. (2000). O feiticeiro recorre ao judiciário: Os limites do multiculturalismo. Revista USP, São Paulo, N°46, pp. 129-138.

Oro, A. P. (2003). Neopentecostalsimo:dinheiro e magia. Anuario Antropologia Social y Cultura en Uruguay 2002-2003, Montevideo, pp. 205-214.

Oro, A. P. (2005-2006). O neopentecostalismo macumbeiro. Revista USP, São Paulo, N° 68, pp. 319-322.

Oro, A. P. (2010). Reciben lo que veniran a buscar - nação e poder num encontro evangélico internacional, em Buenos Aires. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 30(1), pp. 32-52.

Oro, A. P. (2011). A laicidade no Brasil e no Ocidente: algumas considerações. Civitas, 11(2) Porto Alegre, pp. 221-237.

Oro, A. P. (2012). Liberdade religiosa no Brasil: as percepções dos atores sociais. A religião no espaço público. Antropologia hoje, São Paulo, Terceiro nome.

Parker A. & Watson, N. J. (2011). Sport, spiritualità e religione: «Muscular Christianity» e oltre. Religione e società – Rivista di scienze sociali della religione, Anno XXVI, Pisa-Roma, pp. 61-69.

Petrognani, C. (2014). Estou aqui como um profeta de Deus: Zé Roberto, o futebol e a religiosidade como beliscão do destino. Debates do Ner, 15(26), pp. 229-252.

Pierucci, F. (2012). O crescimento da liberdade religiosa e o declínio da religião tradicional: a propósito do censo 2010. Anuac, 1(2), pp. 87-96. DOI: 10.7340/anuac2239-625X-36.

Piette, A. (1993). Les religiosités séculières. Paris: PUF.

Rial, C. (2008). Rodar: a circulação dos jogadores de futebol brasileiros no exterior. Horizontes Antropológicos, 14(30), pp. 21-65.

Rial, C. (2012). Banal Religiosity: Brazilian Athletes as New Missionaries if the Neo-Pentecostal Diaspora. Vibrant, 9(2), Brasilia, pp. 130-159.

Rial, C. (2013). «O ovo do diabo» e os jogadores de futebol como pastores neo-pentecostais. Revista Instituto Humanitas, n° 424. Recuperado em: 2 dez. 2013. .

Sanchis, P. (1997). As religiões dos brasileiros. Horizonte, Belo Horizonte, 1(2), pp. 28-43.

Weber, M. (2003). L’Éthique protestante et l›esprit du capitalisme. Paris: Gallimard.
Petrognani, C. (2015). Avanço neopentecostal no futebol brasileiro: análise sócio–antropológica acerca das relações entre religião, futebol e espaço público no Brasil. El Futuro Del Pasado, 6, 175–191. https://doi.org/10.14201/fdp.2015.006.001.007

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.
+