Estudos sobre esporte e futebol no Brasil nos campos da sociologia e da comunicação
Resumo No Brasil, o futebol, mesmo sendo um esporte que historicamente se constituiu como um dos pilares da construção identitária nacional, demorou a ser incorporado como um objeto de estudo no âmbito acadêmico. Durante alguns anos, a produção de pesquisas que tematizava o futebol costumava ser escassa e marcada por uma perspectiva apocalíptica no sentido utilizado por Umberto Eco. A publicação, em 1982, da coletânea Universo do futebol, organizada pelo antropólogo Roberto DaMatta, é um marco na trajetória de sistematização da literatura acadêmica sobre futebol. Este artigo pretende fazer um percurso pela trajetória da construção e estabelecimento dos estudos sobre a relação entre esporte e futebol no Brasil, com ênfase no campo das Ciências Sociais e da Comunicação.
- Referencias
- Cómo citar
- Del mismo autor
- Métricas
Alabarces, P. (2012). Futebol e globalização: as formas locais das mercadorias globais. En Revistafaac. Bauru, vol. 1, n.º 2, pp. 195-200.
Appadurai, A. (2008). A vida social das coisas: as mercadorias sob perspectiva cultural. Niterói: EdUFF.
Archetti, E. (2003). Transforming Argentina: sport, modernity and national buil-ding in the periphery. En Antropolítica. Niterói, n.º 14.
Campbell, J. (1995). O Herói de Mil Faces. São Paulo: Cultrix.
Campos, F. y Alfonsin, D. (2014). Futebol Objeto das Ciências Humanas. São Paulo: LeYa.
Damatta, R. (Org.). (1982). O Universo do Futebol: esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Pinakotheke.
Damatta, R. (1978). Carnavais, Malandros e Heróis: Para uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro, Zahar.
Damo, A. S. (2007). Do dom à profissão: formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; Anpocs.
Damo, A. S. y Oliven, R. G. (2014). Megaeventos esportivos. Um olhar antropológico. Campinas: Armazém do pé.
Del Priore, M. y Melo, V. A. de. (2010). História do esporte no Brasil. São Paulo: Unesp.
Drumond, M. (2014). Estado novo e esporte: a política e o esporte em Getúlio Vargas e Oliveira Salazar (1930-1945). Rio de Janeiro: 7 Letras.
Eco, U. (1979). Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva.
Filho, M. (1964). O Negro no Futebol Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
Filho, M. (1943). Copa Rio Branco 32. RJ: Pongetti.
Freyre, G. (1987). Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio Editora.
Freyre, G. (1938). «Football Mulato». En Diário de Pernambuco. 18 de junho de 1938.
Giglio, S. S. y Proni, M. (2020). Futebol nas Ciências humanas no Brasil. São Paulo: Editora Unesp.
Giglio, S. S. (2010). «A produção das ciências humanas sobre futebol no Brasil: um panorama (1990-2009)». En Revista de História. São Paulo, n.º 163, pp. 293-350, jul./dez..
Guedes, S. y Da Silva, E. M. (2019). O segundo sequestro do verde e amarelo: futebol, política e símbolos nacionais. O segundo sequestro do verde e amarelo: futebol, política e símbolos nacionais. Cuadernos de Aletheia. 2019.
Guedes, S. (1977) O Futebol Brasileiro – Instituição Zero. Dissertação de Mestrado. Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Gumbrecht, H. U. (2006). Elogio de la belleza atlética. Trad. Aldo Mazzucchelli. Buenos Aires, Katz.
Goellner, S. (2003). Bela, maternal e feminina. Imagens da mulher na Revista Educação Physica. Ijuí: Unijuí.
Goellner, S. (2020). Programa Futebol e Mulheres: conhecer para reconhecer. As mulheres no universo do futebol brasileiro. Santa Maria: Editora da UFSM.
Helal, R. (1997). Passes e Impasses: futebol e cultura de massa no Brasil. Petrópolis: Vozes.
Helal, R. (2000). «As Idealizações de Sucesso no Imaginário Futebolístico Brasileiro: um estudo de caso». En Alabarces, P. (Org.). Peligro de Gol: estudios sobre deporte y sociedade en America Latina. Buenos Aires: CLACSO.
Helal, R. y Murad, M. (2000). «Alegria do Povo e Don Diego: reflexões sobre o êxtase e a agonia de heróis do futebol» En Nepomuceno, J., Rector, M., Neiva, E. (Org.). Cultura e Modernidade: um estudo discursivo. Belém, Universidade Federal do Pará.
Helal, R. y Murad, M. (1995). «Alegria do Povo e Don Diego: um ensaio sociológico sobre o êxtase e a agonia de heróis do futebol». En Pesquisa de Campo. N. 1 - Núcleo de Sociologia do Futebol, Departamento Cultural, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Helal, R. (2005). «El Ocaso de ‘La Patria de Botines’: periodismo, fútbol e identidad nacional en el Mundial de 2002». En Revista Lecturas, Vol. 86, ano 10, Buenos Aires.
Helal, R. (2004). «O Declínio da Pátria de Chuteiras: imprensa, futebol e identidade nacional na Copa do Mundo de 2002». En Pereira, M.; Gomes, R.; Figueiredo, V. Comunicação, Representação e Práticas Sociais. Rio de Janeiro, PUC-Rio
Helal, R., Soares, A. Jorge, G. y Lovisolo, H. Rodolfo. (2001). A invenção do país do futebol : mídia, raça e idolatria. Rio de Janeiro: Mauad.
Herschmann, M. y Pereira, C. A. M. (Org.). (2003). Mídia, Memória e Celebridades: estratégias narrativas em contextos de alta visibilidade. Rio de Janeiro, E-Papers.
Hollanda, B. B. B. de y Melo, V. A. de. (2012). O esporte na imprensa e a imprensa esportiva no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Hollanda, B. B. B. y Reis, H. H. B. dos. (2014). Hooliganismo e Copa de 2014. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Hollanda, B. B. B. y Aguilar, O. R. (2017). Torcidas organizadas na América Latina: estudos contemporâneos. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Kessler, C. Pisani, M. y Costa, L. (2020). As mulheres no universo do futebol brasileiro. Santa Maria: Editora da UFSM.
Leite Lopes, J. S. (1994). «A vitória do futebol que incorporou a pelada». En Revista USP. São Paulo. N. 22.
Lever, J. (1983). A Loucura do Futebol. Rio de Janeiro: Editora Record.
Maguire, J. A. (2011). «The global media sports complex: keyissues and concerns». Sport in Society: Cultures, Commerce, Media, Politics.
Murad, M. (2012). A violência no futebol. Rio de Janeiro: Benvirá.
Melo, V. A. de. (2015). O esporte no cenário ibero-americano. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Morin, E. (1980). As Estrelas de Cinema. Lisboa, Horizonte.
Pereira, L. A. de M. (2000). Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira.
Rial, C. S. M. (2003). «Futebol e mídia: a retórica televisiva e suas implicações na identidade nacional, de gênero e religiosa». En Antropolítica. Niterói, n.º 14.
Rubio, K. (2015). Atletas Olímpicos Brasileiros. São Paulo: Sesi-SP Editora.
Rocha Ferreira, M. B.; et al. (2008). «Jogos indígenas, realizações urbanas e construções miméticas». En Revista Ciência e Cultura, São Paulo, v. 60, n.º 4, p. 4 7-49.
Santos, J. R. (1978). «Na CBD até papagaio bate continente». En Encontros com a Civilização Brasileira. N.5, Rio de Janeiro.
Simões, I. (2017). Clientes versus rebeldes. Rio de Janeiro: Multifoco.
Soares, A. J. G. (1999). «História e a invenção de tradições no campo de futebol». En Estudos Históricos. n.º 23, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.
Soares, A. J. G. (1998). Futebol, raça e nacionalidade no Brasil: releitura da história oficial. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Gama Filho.
Soares, A. J. G.; Correia, C. A. J. y De Melo, L. B. Silva. (2016). Educação do corpo e escolarização de atletas: debates contemporâneos. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Toledo, L. H. de. (2001). «Futebol e teoria social: aspectos da produção científica brasileira (1982-2002)». En Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. São Paulo, n.º 52, pp. 133-165.
Appadurai, A. (2008). A vida social das coisas: as mercadorias sob perspectiva cultural. Niterói: EdUFF.
Archetti, E. (2003). Transforming Argentina: sport, modernity and national buil-ding in the periphery. En Antropolítica. Niterói, n.º 14.
Campbell, J. (1995). O Herói de Mil Faces. São Paulo: Cultrix.
Campos, F. y Alfonsin, D. (2014). Futebol Objeto das Ciências Humanas. São Paulo: LeYa.
Damatta, R. (Org.). (1982). O Universo do Futebol: esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Pinakotheke.
Damatta, R. (1978). Carnavais, Malandros e Heróis: Para uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro, Zahar.
Damo, A. S. (2007). Do dom à profissão: formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; Anpocs.
Damo, A. S. y Oliven, R. G. (2014). Megaeventos esportivos. Um olhar antropológico. Campinas: Armazém do pé.
Del Priore, M. y Melo, V. A. de. (2010). História do esporte no Brasil. São Paulo: Unesp.
Drumond, M. (2014). Estado novo e esporte: a política e o esporte em Getúlio Vargas e Oliveira Salazar (1930-1945). Rio de Janeiro: 7 Letras.
Eco, U. (1979). Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva.
Filho, M. (1964). O Negro no Futebol Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
Filho, M. (1943). Copa Rio Branco 32. RJ: Pongetti.
Freyre, G. (1987). Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio Editora.
Freyre, G. (1938). «Football Mulato». En Diário de Pernambuco. 18 de junho de 1938.
Giglio, S. S. y Proni, M. (2020). Futebol nas Ciências humanas no Brasil. São Paulo: Editora Unesp.
Giglio, S. S. (2010). «A produção das ciências humanas sobre futebol no Brasil: um panorama (1990-2009)». En Revista de História. São Paulo, n.º 163, pp. 293-350, jul./dez..
Guedes, S. y Da Silva, E. M. (2019). O segundo sequestro do verde e amarelo: futebol, política e símbolos nacionais. O segundo sequestro do verde e amarelo: futebol, política e símbolos nacionais. Cuadernos de Aletheia. 2019.
Guedes, S. (1977) O Futebol Brasileiro – Instituição Zero. Dissertação de Mestrado. Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Gumbrecht, H. U. (2006). Elogio de la belleza atlética. Trad. Aldo Mazzucchelli. Buenos Aires, Katz.
Goellner, S. (2003). Bela, maternal e feminina. Imagens da mulher na Revista Educação Physica. Ijuí: Unijuí.
Goellner, S. (2020). Programa Futebol e Mulheres: conhecer para reconhecer. As mulheres no universo do futebol brasileiro. Santa Maria: Editora da UFSM.
Helal, R. (1997). Passes e Impasses: futebol e cultura de massa no Brasil. Petrópolis: Vozes.
Helal, R. (2000). «As Idealizações de Sucesso no Imaginário Futebolístico Brasileiro: um estudo de caso». En Alabarces, P. (Org.). Peligro de Gol: estudios sobre deporte y sociedade en America Latina. Buenos Aires: CLACSO.
Helal, R. y Murad, M. (2000). «Alegria do Povo e Don Diego: reflexões sobre o êxtase e a agonia de heróis do futebol» En Nepomuceno, J., Rector, M., Neiva, E. (Org.). Cultura e Modernidade: um estudo discursivo. Belém, Universidade Federal do Pará.
Helal, R. y Murad, M. (1995). «Alegria do Povo e Don Diego: um ensaio sociológico sobre o êxtase e a agonia de heróis do futebol». En Pesquisa de Campo. N. 1 - Núcleo de Sociologia do Futebol, Departamento Cultural, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Helal, R. (2005). «El Ocaso de ‘La Patria de Botines’: periodismo, fútbol e identidad nacional en el Mundial de 2002». En Revista Lecturas, Vol. 86, ano 10, Buenos Aires.
Helal, R. (2004). «O Declínio da Pátria de Chuteiras: imprensa, futebol e identidade nacional na Copa do Mundo de 2002». En Pereira, M.; Gomes, R.; Figueiredo, V. Comunicação, Representação e Práticas Sociais. Rio de Janeiro, PUC-Rio
Helal, R., Soares, A. Jorge, G. y Lovisolo, H. Rodolfo. (2001). A invenção do país do futebol : mídia, raça e idolatria. Rio de Janeiro: Mauad.
Herschmann, M. y Pereira, C. A. M. (Org.). (2003). Mídia, Memória e Celebridades: estratégias narrativas em contextos de alta visibilidade. Rio de Janeiro, E-Papers.
Hollanda, B. B. B. de y Melo, V. A. de. (2012). O esporte na imprensa e a imprensa esportiva no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Hollanda, B. B. B. y Reis, H. H. B. dos. (2014). Hooliganismo e Copa de 2014. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Hollanda, B. B. B. y Aguilar, O. R. (2017). Torcidas organizadas na América Latina: estudos contemporâneos. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Kessler, C. Pisani, M. y Costa, L. (2020). As mulheres no universo do futebol brasileiro. Santa Maria: Editora da UFSM.
Leite Lopes, J. S. (1994). «A vitória do futebol que incorporou a pelada». En Revista USP. São Paulo. N. 22.
Lever, J. (1983). A Loucura do Futebol. Rio de Janeiro: Editora Record.
Maguire, J. A. (2011). «The global media sports complex: keyissues and concerns». Sport in Society: Cultures, Commerce, Media, Politics.
Murad, M. (2012). A violência no futebol. Rio de Janeiro: Benvirá.
Melo, V. A. de. (2015). O esporte no cenário ibero-americano. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Morin, E. (1980). As Estrelas de Cinema. Lisboa, Horizonte.
Pereira, L. A. de M. (2000). Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira.
Rial, C. S. M. (2003). «Futebol e mídia: a retórica televisiva e suas implicações na identidade nacional, de gênero e religiosa». En Antropolítica. Niterói, n.º 14.
Rubio, K. (2015). Atletas Olímpicos Brasileiros. São Paulo: Sesi-SP Editora.
Rocha Ferreira, M. B.; et al. (2008). «Jogos indígenas, realizações urbanas e construções miméticas». En Revista Ciência e Cultura, São Paulo, v. 60, n.º 4, p. 4 7-49.
Santos, J. R. (1978). «Na CBD até papagaio bate continente». En Encontros com a Civilização Brasileira. N.5, Rio de Janeiro.
Simões, I. (2017). Clientes versus rebeldes. Rio de Janeiro: Multifoco.
Soares, A. J. G. (1999). «História e a invenção de tradições no campo de futebol». En Estudos Históricos. n.º 23, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.
Soares, A. J. G. (1998). Futebol, raça e nacionalidade no Brasil: releitura da história oficial. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Gama Filho.
Soares, A. J. G.; Correia, C. A. J. y De Melo, L. B. Silva. (2016). Educação do corpo e escolarização de atletas: debates contemporâneos. Rio de Janeiro: 7 Letras.
Toledo, L. H. de. (2001). «Futebol e teoria social: aspectos da produção científica brasileira (1982-2002)». En Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. São Paulo, n.º 52, pp. 133-165.
da Costa, L. M., & Helal, R. G. (2021). Estudos sobre esporte e futebol no Brasil nos campos da sociologia e da comunicação. Revista Euroamericana De Antropología, (12), 51–66. https://doi.org/10.14201/rea2021125166
Downloads
Não há dados estatísticos.
+
−