Iberismo, tradição e mestiçagem: a defesa do Nordeste brasileiro antigo no primeiro Gilberto Freyre (1920 a 1940)

Resumo

O artigo discute a produção intelectual de Gilberto Freyre entre as décadas de 1920 e 1940. O objetivo é compreender não apenas as leituras freyreanas em torno do iberismo de Miguel de Unamuno, Ángel Ganivet e Ortega y Gasset, mas sobretudo investigar e registrar, na extensa obra de Freyre, uma continuada defesa da legitimidade histórica da cultura ibérica, que o autor via ameaçada ante a força desagregadora do moderno Ocidente industrial, protestante e capitalista. 
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Biografia do Autor

Alberto Luiz Schneider

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Professor de História do Brasil na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, Brasil); pesquisador do programa de estudos pós-graduados da PUC-SP.
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